A contabilidade tem sido reconhecida por alguns autores como um tipo de linguagem. Neste sentido, parte-se do princípio de que entre o processo de evidenciação contábil e o processo natural da linguagem existam características similares que interagem neste processo e são derivados da teoria da comunicação. O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar o grau de compreensibilidade dos usuários externos face às terminologias contábeis utilizada pelos gestores públicos através das demonstrações contábeis que têm a sua publicação exigida pela Lei Nº 4.230/64. Para efeito deste trabalho define-se como usuários externos da informação contábil o corpo docente do Departamento de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Feira de Santana. Para tanto, inicialmente foi feita uma consulta bibliográfica sobre a questão da abordagem agente/principal e accountability. Em seguida, pesquisou-se a Teoria da comunicação, enfatizando esta como a ciência que estuda a produção do sentido nas diversas linguagens que possibilitem a comunicação. Numa terceira etapa, efetuou-se um estudo, observando os aspectos da contabilidade pública. Posteriormente, aplicou-se um questionário que teve como objetivo avaliar o processo e apresentar os problemas de comunicação existente entre a contabilidade pública e seus usuários. Conclui-se ressaltando que a teoria da comunicação, tem uma contribuição a oferecer a ciência contábil como um todo, no que tange ao desenvolvimento dos sistemas de comunicações, e que os demonstrativos contábeis apresentados hoje à sociedade, utilizam terminologias incompreensíveis, de modo que os receptores não conseguem compreender e conseqüentemente decodificar as mensagens que lhe foram encaminhadas.
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