A Contabilidade é uma ciência social e, como tal, está sujeita à interferência do homem, podendo esse influenciar nos resultados de uma empresa, mediante a escolha de procedimentos a serem adotados ou, ainda, aproveitando as brechas encontradas na referida ciência. Nesse contexto, encontra-se a Contabilidade Criativa que, conforme a teoria é definida como uma manipulação de resultados. O uso desse tipo de contabilidade leva a empresa a apresentar uma aparência melhor do que ela tem na realidade. O presente estudo tem como objetivo analisar as fraudes contábeis de maior repercussão mundial relacionadas com a Contabilidade Criativa, mostrando que tanto a fraude quanto a manipulação contábil assemelham-se por ferir os princípios contábeis e prejudicar os usuários que dependem das informações divulgadas. Por mais que esse gerenciamento de resultados seja permitido por lei, na prática, lesa as normas, os princípios e, principalmente, o código de ética, assemelhando-se com a fraude. A amostra do presente artigo foi constituída pelas empresas que se destacaram mundialmente em virtude de algum escândalo contábil, entre as quais se destacam: Banco Panamericano, Carrefour, Enron, Parmalat, Petrobras, Xerox e WorldCom. Essas entidades utilizaram a Contabilidade Criativa para alterar resultados e, como consequência, prejudicaram seus usuários, enquanto elas eram beneficiadas. Contudo, a médio e longo prazo, essas práticas adotadas pelas empresas foram reveladas pela fiscalização e se tornaram alvo de escândalo mundial. Além disso, as companhias envolvidas tiveram prejuízos, multas e até mesmo casos de falência. Conclui-se, portanto, que o ato criativo apresenta consequências sérias, tanto para as empresas envolvidas quanto para seus stakeholders.
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