A área contábil é uma das mais críticas, visto que ali se encontram todos os registros da vida de uma empresa. As oscilações do dia-adia, as operações, os resultados sistematicamente registrados e analisados, mostram o desempenho, os fortes e fracos de uma organização. A contabilidade facilita as ações, fornecendo as coordenadas de acordo com o desempenho medido. Entretanto, ainda encontramos empresários que olham a contabilidade apenas como burocracia, não vendo nela nenhum benefício. Isso decorre da falta de informação, já que o empresário, de início, precisa saber comprar e vender, mas não é obrigado a conhecer contabilidade. Por isso mesmo existem cursos rápidos de “contabilidade para não contadores”, como forma de combater a desinformação. Também há aqueles que, justamente por falta de um registro adequado e uma análise objetiva, confunde margem de contribuição com lucro. Pior, é muito comum a inexistência de um plano de contas adequado, que permita o registro sistemático das operações e a apuração dos custos em bases técnicas. Quando muito, existe um elenco de contas para o registro contábil e uma única conta – ou algumas poucas – para o registro dos custos como “produção em andamento”. Em geral, acumula-se os totais de mão-de-obra, de materiais e de gastos gerais, daí aplicando-se tudo pelo custo médio: hora trabalhada, materiais aplicados e gastos gerais rateados sem nenhum critério técnico. E quando se aplica a média de muitas coisas diferentes, o resultado poderá ser a ineficiência oculta de coisas diferentes. Assim, as empresas registram mal, apuram mal, calculam mal os seus preços, e, em conseqüência, vendem mal. Nessas condições, não podem mesmo produzir bons resultados. Mas quem paga o pato é a contabilidade.
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