Aprendemos em biologia, numa das primeiras aulas, que a célula é a unidade fundamental de um organismo, consistindo de uma membrana circundando um núcleo que flutua em citoplasma. Sabemos que a célula pode viver por conta própria como organismos microscópios a exemplo de uma ameba ou um paramecium. Vários grupos de pesquisadores, em seus laboratórios, vêm tentando sintetizar uma célula primitiva, capaz de se reproduzir e sobreviver por si mesma. No Instituto J. Craig Venter, cientistas pesquisam uma célula mais básica - o parasita Mycoplasma genitalium, responsável por infecções urinárias que possui apenas 528 genes no seu DNA, muitos dos quais são supérfluos, ou sem função aparente. A grande questão é saber quais são eles e qual é o número mínimo de genes numa célula capaz de sobreviver. O processo é lento: combinações de genes são extraídas metodicamente e a célula resultante é testada. Um dia, os pesquisadores esperam chegar ao conjunto mínimo de genes capaz de manter a célula viva. A partir desta descoberta o plano é recriar o DNA sinteticamente, tarefa complexa e desafiadora. Outro grupo publicou uma “receita” para a construção de uma célula usando partes avulsas como num kit de montagem de aeromodelo com 151 genes e mais algumas proteínas. Um terceiro grupo da Universidade de Harvard vem tentando uma célula que consista de membrana e uma única molécula de RNA capaz de replicar-se.
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