Cultura, Desenvolvimento e o Setor Criativo do Artesanato na Região Norte Fluminense

Cultura, Desenvolvimento e o Setor Criativo do Artesanato na Região Norte Fluminense

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Detalhes

  • Categoria: Artesanato
  • Autores: ANDREZA BARRETO LEITÃO
  • Quantidade de Páginas: 449
  • Data de Inclusão: 23/02/2017
  • Formato do Arquivo: PDF
  • Tamanho do Arquivo: 8.170 KB

Na presente pesquisa, busco compreender o debate que associa cultura e desenvolvimento, tendo como focos a institucionalização da Economia Criativa como politica pública no Brasil e um estudo de caso local sobre o setor do artesanato. O propósito foi entender o que é Economia Criativa e o que explica a entrada deste conceito nas políticas públicas no Brasil; por quais vias o conceito chega à Região Norte Fluminense, além de o que caracteriza o setor do artesanato na região e quais as suas estratégias de organização. Através de pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica e documental, percebe-se que a Economia Criativa é uma política pública de tipo multicêntrica, sendo implementada por atores estatais e privados e que o uso do conceito é por vezes arbitrário, podendo ser associado a discursos de globalização hegemônica e de globalização contra-hegemônica. A institucionalização dessas políticas no Brasil são associadas ao neo-desenvolvimentismo dos governos PT e à promoção do Soft Power em tempos de megaeventos (Copa do Mundo e Olimpíadas) . O artesanato na região Norte do estado do Rio de Janeiro se caracteriza por ser um bem simbólico, além de significar um trabalho feminino e criativo. Quando pensado como trabalho feminino ele se relaciona à reprodução de um habitus e à permanência das estruturas, mas a sua dimensão criativa promove reconhecimento e mudança nas estruturas. O conceito de Economia Criativa começa a chegar na região por meio de ações do SEBRAE-Campos e da ITEP/UENF. O artesanato é um setor atendido por ambas entidades, que, por meio de oferecimento de cursos e consultorias procuram desenvolver o habitus primário (racionalidade, calculo) e o habitus secundário (criatividade, gosto, distinção), bem como o capital social. ?Farinha pouca, meu pirão primeiro" é uma expressão que traduz a pouca incidência de capital social e a dificuldade para se instituir políticas públicas participativas na região, perpetuando o subdesenvolvimento e o habitus precário de boa parte da população. Apesar de tal contexto, por se tratar de um trabalho criativo, o artesanato tem sido responsável por mudanças de trajetórias de vida através da promoção do reconhecimento.

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