No último século, o Estado brasileiro observou uma evolução acelerada em seus modelos de gestão. Rumou-se de um Estado oligárquico1 e patrimonial, no início do século XX, para um Estado gerencial, no final do século XX e início do XXI. Logicamente, esta evolução em termos administrativos não veio só, mas foi acompanhada de alterações significativas em termos políticos e econômicos. A política de elites típica do início do século passado progrediu em direção a uma democracia de sociedade civil, ao mesmo tempo em que economia agrícola mercantil de outrora deu lugar a uma economia capitalista globalizada. A literatura da área identifica três “estágios” (ou modelos) de evolução administrativa do Estado brasileiro, assim dispostos em ordem cronológica: o patrimonialista, o burocrático e o gerencial. Desde já, ressalta-se que tais estágios não são observados de modo estanque, ou seja, sem a influência ou, até mesmo, a coexistência de traços de modelos anteriores. Desta forma, a despeito de atualmente estar em vigor o Estado gerencial, é possível a identificação de práticas típicas do modelo burocrático e, até mesmo, patrimonialista. Eis que entre organizações e até mesmo dentro de uma mesma organização, não raramente encontram-se diferentes graus de penetração dos diversos modelos organizacionais (SECCHI, 2009). O quadro a seguir traz uma síntese da evolução do Estado brasileiro, estratificada em termos políticos, econômicos e de modelos de gestão (adaptado de Bresser-Pereira, 2001)
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