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É verdade que o sincretismo entre santos católicos e divindades serviu para "encobrir" o culto de Orixás (e também de inquices, voduns e tatas) por escravos que não tinham a liberdade de professar sua religião, o que foi fundamental para a sobrevivência do culto de nação (Cultos Afros), que gerou o Candomblé (Culto Afro-brasileiro), este é o marco de nascimento do sincretismo em nossa cultura. Até hoje no Candomblé há duas vertentes, uma que defende o santo (o falecido Professor Oluó Agenor Miranda era ferrenho defensor, pois muitos dos antigos realmente se consideravam católicos que tinham no Candomblé uma prática ou "seita", sabemos que não é seita e sim uma religião, mas assim se pronunciavam os antigos), e uma vertente que defende a separação do santo e do Orixá com o "slogan" - "Santa Bárbara não é Iansã”. Mas e a Umbanda? A Umbanda não nasceu em meio à escravidão se aceitarmos a data de 15 de Novembro de 1908, logo nunca precisou esconder nada da figura do "Sinhozinho". A primeira Tenda de Umbanda do Brasil se chama "Tenda Espírita de Umbanda Nossa Senhora da Piedade" (Poucos sabem, mas o termo "Espírita" permanece no nome até hoje), e a família de Zélio de Moraes era muito católica, na tenda encontramos a imagem de Santo Expedito que não sincretiza com nenhum Orixá. Digo isto para colocar uma questão, a de que na Tenda Mãe não é apenas uma questão de sincretismo, se reza para os santos católicos também, em algumas vezes fica dúbia e controversa a simbiose, santo e orixá, para muitos antigos "Jesus é Oxalá", "São Jorge é Ogum" tamanha a simbiose. E não é aqui uma questão de cultura e sim uma questão de fé.
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