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As Épocas Moderna e Contemporânea conheceram dois grandes movimentos em relação à religião. O primeiro começa com as tentativas de racionalizá-la, coroando-se pela pura e simples negação. O segundo compreende a sua revalorização, como uma estrutura constitutiva do homem, embora passível de ser estudada por métodos diversos daqueles considerados na tradição escolástica. Agora o interesse estará centrado na análise da vivência religiosa, enquanto a teologia, que alcançara grande desenvolvimento na Idade Média corresponde a uma dedução dos atributos divinos, em geral apoiada na revelação. O empenho racionalizador da religião começa nos países protestantes e tem por objetivo compatibilizá-la com as descobertas da nova ciência da natureza, sendo fenômeno, basicamente, do século XVIII. Emerge então a idéia de que haveria uma religião natural, eminentemente racional, que é o substrato último das religiões aparecidas no Ocidente, batizadas de “positivas”. Estas ter-se-iam deixado envolver pela emotividade, desembocando no fanatismo e na superstição. No século XIX, essa tendência evoluiria no sentido de propor novas religiões, como é o caso de Ludwig Fuerbach (1804/1872) e Augusto Comte (1798/1857). A nota dominante de toda essa trajetória consiste em reconhecer o seu significado moral, mas atribuindo-lhe apenas essa função. Ainda mais: o catolicismo teria perdido essa dimensão, enquanto o protestantismo, se bem cuidasse de recuperá-la, acabaria dissociando-se do sentido de nossa época ao deixar-se prender por sua componente irracional
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