A contabilidade tem uma história tão antiga quanto à da própria civilização humana. Desde o surgimento da civilização, das mais remotas até à atualidade, os humanos sempre tiveram necessidades de manter o controle da posse e propriedade, fosse de áreas determinadas para caça e coleta de raízes e frutas ou a quantidade de alimentos armazenados para passar certas temporadas, etc. Com a evolução da humanidade, os controles também foram sendo aprimorados. Na primeira parte, o processo contábil era feito com base numa “previsão” do líder do grupo de quantos animais eram necessários ser abatidos para alimentar o seu grupo. Na seqüência do processo evolutivo o homem incorporou outras atividades em sua capacidade produtiva, como exemplo o pastoreio na criação de ovelhas, sendo uma das formas adotadas para o controle de seu rebanho. O homem procedia diariamente à soltura de seu rebanho dos espaços fechados para os campos abertos. Então, nesse momento, o pastor depositava uma pedrinha para cada ovelha que saia para o campo e após a saída da última ovelha tinha-se então um “monte” de pedras que representava a quantidade de seu rebanho. No final do dia, ao reunir o seu rebanho aos espaços fechados, visando procurar proteger as ovelhas de predadores naturais, como lobos e outros, o pastor pegava aquele monte de pedras depositadas na saída do rebanho e passava a retirar uma pedra para cada ovelha que entrava no cercado. Assim, caso sobrasse pedra, significava que alguma ovelha não tinha retornado, fato que motivava o pastor a sair em busca de seu animal, pois o mesmo poderia ter se separado do rebanho ou devorada por um predador.